terça-feira, 13 de novembro de 2007

Coleta seletiva em relação ao meio ambiente

Coleta seletiva não existe em Fortaleza
Fortaleza produz hoje cerca de três mil toneladas de lixo diariamente




Em Fortaleza a quantidade de resíduos sólidos está aumentando a cada dia. Os órgãos públicos deixam a desejar nesse ponto, pois não realizam campanhas informativas para a população mostrando a importância da coleta seletiva de lixo, além de não divulgarem que o lixo pode gerar lucros. Ao andarmos nas ruas de Fortaleza não vemos lixeiras próprias para a realização dessa coleta seletiva, separando os vidros dos plásticos e os metais dos papéis.

A coleta seletiva de lixo pode começar nas nossas casas, contudo a população não se preocupa em fazer a seleção dos detritos por não estarem educadas em relação a isso. Até os catadores de lixo passam por esse problema. Eles, por não saberem diferenciar o que é realmente lixo dos resíduos sólidos que podem ser reciclados, separam os lixos que eles acham que rendem dinheiro. Agindo dessa maneira, os catadores acabam desperdiçando muito lixo.

Segundo Fernando José, professor de Gestão Ambiental do CCT da Unifor, “Para se começar a alertar e educar a população em relação à coleta seletiva de lixo é preciso que haja campanhas de grande alcance para o esclarecimento da população, treinamento de multiplicadores educacionais com envolvimento de comunidades, utilização de linguagem acessível e estabelecimento de metas de desempenho. A Educação ambiental continuada também é muito importante, somando-se mecanismos de incentivo psicossocial e financeiro, como o caso da COELCE”.

O volume de lixo gerado e o seu uso inadequado são causas de impacto ambiental significantes no meio físico e biológico de nossa cidade, entretanto a população parece não estar atenta a importância da coleta seletiva, que é uma forma inteligente e econômica de dar um novo destino a parte desses resíduos.

Para Fernando José, “com a falta de uma coleta seletiva em nossa cidade, os danos ao meio ambiente aumentam. Há uma maior quantidade de resíduos dispostos em via pública, em razão de deficiência do sistema de acondicionamento e coleta, incremento de vetores biológicos (ratos, baratas e moscas) na transmissão de doenças e menor vida útil dos aterros sanitários, com maior custo na operação e manutenção. Lixo é dinheiro, há recursos sendo desperdiçados”.

De acordo com o IBGE apenas 2,8% do lixo recolhido no país são reciclados. Segundo a estimativa da Emlurb (Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização), Fortaleza produz hoje cerca de três mil toneladas de lixo diariamente. Mesmo com toda a campanha que existe a favor da reciclagem, a coleta só acontece em 17 dos 184 municípios cearenses. A negligência em relação a importância da coleta seletiva de lixo ainda é vigente na nossa cidade, a quarta maior do Brasil. Para o professor, “é necessário efetivar a Política Estadual de Resíduos Sólidos. Trata-se de uma questão de vontade política. É claro, entretanto, que o poder público precisa estabelecer critérios e metas realísticos. Na verdade, já há alguma coisa em curso. Porém, não há divulgação de resultados. Por fim, importa considerar um plano de desempenho”.

Niara Rocha

Um comentário:

Eduardo Freire disse...

O texto está ótimo mas carece de umas pequenas correções que vou comentar com você.